O Antigo Sistema Colonial foi estudado por autores consagrados como Caio Prado Júnior; Fernando A. Novais, este que avançou a análise de Caio Prado Júnior ; Luiz Felipe de Alencastro entre outros. Ambos destacaram o papel da escravidão no Antigo Sistema Colonial. No entanto, cada um deles possuí suas especificidades e explanações.
Para Fernando A Novais, todas as atividades produtivas que vão se desenvolver nas colônias cumprem a função no capitalismo comercial, servindo para alimentar o mercado europeu, e, o que contribuiu para esse acumulo de capital foi “[...] o tráfico negreiro que alimentou, um dos setores mais rentáveis do comércio colonial.” (NOVAIS, p. 98) Isso porque a acumulação gerada no comércio de africanos fazia com que a acumulação de capital fluísse para metrópole já que os mercadores metropolitanos estavam engajados no abastecimento dessa “mercadoria”. Diferentemente do que acontecia com a mão-de-obra indígena que se a utilizassem predominantemente o processo de acumulação se daria no interior da colônia.
Desta forma a maior parte do lucro ficaria com a colônia, e, não lograria a necessidade de acumulação de capitais da Europa, por isso, Novais refere-se a analise de Eric Williams em sua obra Portugal e Brasil na Crise do Antigo Sistema Colonial (1777-1808) para mostrar que “ [...] a implantação do escravismo colonial, longe de ter sido uma opção (salariato, escravismo), foi uma imposição das condições histórico-econômicas”. (p. 102) já que segundo o mesmo in: Historia da Vida Privada No Brasil em que foi coordenador-geral da coleção nos mostra que a produção era dominantemente mercantil; assim, a colônia tinha que atender o que a metrópole desejava.
Já para Luiz Felipe de Alencastro, uma nova perspectiva na colonização é aberta quando este afirma que para entender a colonização no Brasil deve-se estabelecer relações entre a Metrópole Portuguesa, América Portuguesa e a África. O tipo de economia que a Coroa portuguesa implantou no Atlântico, que in O trato dos viventes- Formação do Brasil no Atlântico Sul- Séculos XVI e XVII Alencastro nos mostra foi uma economia de produção, que “estimula a produção de mercadorias para economia-mundo, dando origem a uma forma mais avançada de exploração colonial [...] baseado na pilhagem dos povos africanos [...]”. (p. 30)
Assim, o autor nos mostra que a deportação de africanos acaba sincronizando as “engrenagens” do sistema colonial, e, que esse amplo movimento de assentamento da estrutura historicamente determinada pelo capitalismo comercial é ativado em vários níveis, um deles é que o controle do trato negreiro dá a Metrópole o comando da reprodução do sistema escravista gerando acumulação de capital à Metrópole. Essa afirmação de Alencastro vem ao encontro do que foi dito anteriormente nesse texto por Fernando Novais sobre o escravismo ter sido uma imposição das condições histórico-econômicas.
Vemos que tanto Novais quanto Alencastro possuem especificidades ao explicar como se deu esse acumulo de capital, no entanto concordam quando destacam o papel que a escravidão teve no Sistema Colonial. Diferentemente do que Gilberto Freyre in Casa Grande e Senzala entende por colonização, pois para ele a colonização não foi um “aprendizado” como diria Alencastro, mas sim, foi original, feita a partir do resultado da miscigenação e outra questão que os difere é que pelo menos no primeiro capítulo Freyre não mostra sistematicamente como se deu esse acumulo de capital.
Para Fernando A Novais, todas as atividades produtivas que vão se desenvolver nas colônias cumprem a função no capitalismo comercial, servindo para alimentar o mercado europeu, e, o que contribuiu para esse acumulo de capital foi “[...] o tráfico negreiro que alimentou, um dos setores mais rentáveis do comércio colonial.” (NOVAIS, p. 98) Isso porque a acumulação gerada no comércio de africanos fazia com que a acumulação de capital fluísse para metrópole já que os mercadores metropolitanos estavam engajados no abastecimento dessa “mercadoria”. Diferentemente do que acontecia com a mão-de-obra indígena que se a utilizassem predominantemente o processo de acumulação se daria no interior da colônia.
Desta forma a maior parte do lucro ficaria com a colônia, e, não lograria a necessidade de acumulação de capitais da Europa, por isso, Novais refere-se a analise de Eric Williams em sua obra Portugal e Brasil na Crise do Antigo Sistema Colonial (1777-1808) para mostrar que “ [...] a implantação do escravismo colonial, longe de ter sido uma opção (salariato, escravismo), foi uma imposição das condições histórico-econômicas”. (p. 102) já que segundo o mesmo in: Historia da Vida Privada No Brasil em que foi coordenador-geral da coleção nos mostra que a produção era dominantemente mercantil; assim, a colônia tinha que atender o que a metrópole desejava.
Já para Luiz Felipe de Alencastro, uma nova perspectiva na colonização é aberta quando este afirma que para entender a colonização no Brasil deve-se estabelecer relações entre a Metrópole Portuguesa, América Portuguesa e a África. O tipo de economia que a Coroa portuguesa implantou no Atlântico, que in O trato dos viventes- Formação do Brasil no Atlântico Sul- Séculos XVI e XVII Alencastro nos mostra foi uma economia de produção, que “estimula a produção de mercadorias para economia-mundo, dando origem a uma forma mais avançada de exploração colonial [...] baseado na pilhagem dos povos africanos [...]”. (p. 30)
Assim, o autor nos mostra que a deportação de africanos acaba sincronizando as “engrenagens” do sistema colonial, e, que esse amplo movimento de assentamento da estrutura historicamente determinada pelo capitalismo comercial é ativado em vários níveis, um deles é que o controle do trato negreiro dá a Metrópole o comando da reprodução do sistema escravista gerando acumulação de capital à Metrópole. Essa afirmação de Alencastro vem ao encontro do que foi dito anteriormente nesse texto por Fernando Novais sobre o escravismo ter sido uma imposição das condições histórico-econômicas.
Vemos que tanto Novais quanto Alencastro possuem especificidades ao explicar como se deu esse acumulo de capital, no entanto concordam quando destacam o papel que a escravidão teve no Sistema Colonial. Diferentemente do que Gilberto Freyre in Casa Grande e Senzala entende por colonização, pois para ele a colonização não foi um “aprendizado” como diria Alencastro, mas sim, foi original, feita a partir do resultado da miscigenação e outra questão que os difere é que pelo menos no primeiro capítulo Freyre não mostra sistematicamente como se deu esse acumulo de capital.
Excelente explanação
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