A percepção
de Colombo acerca do território por ele descoberto são apoiados em três esferas:
natural, divina e humana.
Em relação
a natural, Colombo fica admirado ao visualizar as terras da América, prova
disso é o uso excessivo de superlativos
que ele utiliza para descrever `os lugares mais bonitos que seus olhos já
puderam ver`. Com descrições detalhadas,
os escritos de Colombo e particularmente o diário da primeira viagem, revelam
uma atenção constante a todos os fenômenos naturais.
Segundo o
autor, Colombo era mais perspicaz quando observava a natureza do que quando
tentava compreender os indígenas. Colombo não é bem sucedido na comunicação
humana porque não estava interessado nela, não
reconhecia a diversidade das línguas e se preocupava mais em nomear o ``mundo
virgem`` que via, do que tentar a comunicação com outro povo.
Para ele, ``a natureza tem certamente
mais afinidade com Deus do que com os homens [...]`` (p. 24). Em relação a
esfera divina; Colombo não acreditava unicamente no dogma cristão, acreditava
também em ciclopes e sereias, em amazonas e homens com caudas e a sua crença
fazia com que ele visse tudo o que acreditava. Em seu Diário, Colombo relata
como encontrou tais seres durante sua viagem.
Viagem esta que para Colombo
era de maior importância conseguir a expansão do cristianismo do que o ouro tão
almejado pelos mandatários da expedição, os Reis da Espanha e marinheiros. Como salientou Todorov: `O ouro
é um valor humano demais para interessar a Colombo``(p.12) Um dos grande motivadores
de Colombo durante a viagem era a vitória universal do cristianismo.
Assim, para conseguir seu
objetivo Colombo procura confirmações para sua verdade. Entende o que quer
entender, procura o que quer encontrar com a finalidade de justificar no que
acreditava. Colombo, assim como ao personagem Dom Quixote escrita por Miguel de
Cervantes fazia com que suas ilusões fossem mais fortes que a realidade.
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