quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Documentos não escritos em sala de aula


O estudo de História atual está bem diferente do que as gerações passadas conheceram, como o professor Historiador da USP Mário Jorge Pires escreveu edição 11 - Setembro 2004 da revista história viva cita: “Na época da ditadura, passou-se da história fincada no culto aos grandes heróis ao seu extremo oposto. Essa passagem, entretanto, não representou, de fato, um enriquecimento intelectual. No plano do ensino, o resultado foi uma linha de trabalho em que a interpretação independia do fato.”
Diferentemente do que vemos acontecer hoje, pois existem estudiosos específicos na área da educação em história com estudos mostrando quais os melhores métodos para se trabalhar as interpretações dos fatos, como por exemplo a Professora Doutora Circe Bittencourt que em seu livro Ensino de História fundamentos e métodos nos mostra de forma esclarecedora como nos futuros educadores em história podemos utilizar por exemplo documentos não escritos em uma sala de aula, já que como o educador e filósofo canadense McLuhan citou as mudanças nas formas de comunicação provocadas pelos aparelhos tecnológicos, responsáveis pela chamada “cultura da nova oralidade”, acabaram substituindo a cultura do livro ou da escrita impressa.
Assim, devemos criar mecanismos para nos aproximarmos do cotidiano de nosso aluno e para isso Bittencourt em seu livro mostra várias maneiras como idas em museus, usos de imagens em sala de aula como, por exemplo, a fotografia que diferente do que muitos pensam não é a realidade e sim é uma “representação do real”, assim como os filmes.
Além desses exemplos a autora mostra que o educador pode trabalhar com a música já que essa consegue situar: “[...] os jovens diante de um meio de comunicação próximo de sua vivência[...]” (p.379), porém devemos ter cautela pois como Bittencourt alerta há uma grande diferença entre ouvir música e pensar a música, por isso devemos sempre saber o que desejamos atingir, e, o que aquela atividade proposta influenciará na vida de nosso aluno.
Muitas vezes passar um filme em sala de aula pode se tornar algo extremamente monótono para os alunos, ou o professor levar muitas fotografias em sala de aula sem uma proposta definida anteriormente pode virar uma “bagunça” e o aluno acabar não assimilando nada. Esses exemplos entre outros Bittencourt discute em seu livro e nos faz refletir a importância e a responsabilidade de ser um educador, já que como Paulo Freire disse:“[...] ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção”. Pedagogia da Autonomia(p.22), por isso a importância de criarmos essas possibilidades com responsabilidade, objetivos, nos apoiando em métodos e segundo Bittencourt é preciso também: “a utopia para trabalhar como educador!” (p.396)

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