Sérgio Buarque de Holanda e a Revolução Social

Sérgio Buarque de Holanda, escritor do livro Raízes do Brasil, obra que segundo Iglésias (1992) é eminentemente política contendo uma visão da História do Brasil não aristocratizante, senhorial, elitista.
Esta visão que Iglésias cita vem de acordo com o que S. Buarque de Holanda disse quanto a Revolução social, já que para ele: “ [...] não haveria revolução plena no Brasil enquanto não se liquidassem os fundamentos personalistas e aristocráticos, ibéricos e rurais, em que se assenta a nossa vida social” (p. 137).
Outra questão que S. B. de Holanda aponta e corrobora com esta visão do povo brasileiro sendo o protagonista de sua própria história e não mais uma visão elitista é a crítica que o autor faz à lei, que segundo ele cabe mal na realidade brasileira devido aos “belos princípios” contidos nela serem importados, havendo então uma distância entre Estado e sociedade.
Assim, para que uma real Revolução aconteça segundo S.B de Holanda é preciso que as pessoas lutem por princípios liberais e democráticos e propõe que o Brasil faça uma boa revolução vertical que segundo ele: “traga á tona elementos mais vigorosos, substituindo os velhos e incapazes.” Vemos que seu objetivo é liberar os brasileiros da dominação rural, mas concretamente não oferece precisões de como pode-se realizar isso, apenas constata que há revolução ocorrendo no Brasil.
Desta forma observa-se que Sérgio Buarque através do passado do Brasil tenta ver o nosso futuro, possuindo uma visão muito otimista de nosso país.