quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Educação brasileira: Avanços e Contradições


 A educação brasileira é um dos temas muito abordados na atualidade. Tal abordagem não está apenas nos muros da academia, a população em geral têm alguma crítica ou comentário à tecer sobre o quadro educativo atual.  Quadro este, composto por avanços e contradições.
Esses avanços e contradições são constantemente discutidos por diferentes pesquisadores, nos permitindo entender a educação por um outro viéis. Isso porque, com a ajuda de tais pesquisas conseguimos sair da superfície de nossas discussões e adentarmos em um conhecimento mais aprofundado sobre o tão polêmico tema que é a educação.
Muitas são as pesquisas realizadas sobre o quadro educacional, e quando as analisamos percebemos que houve uma expressiva elevação no nível de escolaridade da população, fundamentalmente até o nono ano.  Fato decorrente de um complexo sistema de políticas públicas.
Entretanto,  tal avanço carrega consigo uma contradição. Isso porque mesmo que o desafio de colocar as crianças e adolescentes na escola tenham sido superados, tal fato não mede a qualidade de ensino desses que frequentam a escola. Segundo Barreto mesmo com uma melhora nos índices: ”o nível de escolarização da população brasileira continua extremamente baixo” (p. 301).
Tal afirmação vem de encontro com o relatório de 2012 da Pnad que mostra que a sétima economia do mundo, tem 12,9 milhões de pessoas analfabetas e 30,5 milhões de analfabetos funcionais - pessoas que não conseguem interpretar um texto. O número é equivalente a 20,4% da população do país.
Estes índices mostram um dos grandes desafios que rodeiam a vida dos profissionais da educação. Isso porque, em muitos casos o professor defronta-se com situações que não sabe lidar, como é o caso de encontrar alunos dos anos finais do Ensino Fundamental que não entendem o que leem ou até que não leem formalmente.
Existem projetos: “”que visão o aumento da produtividade interna no sistema, atuando preferencialmente sobre os profissionais da rede escolar ” (BARRETO, p. 308) e se fossem bem formulados representariam um avanço expressivo para nossa educação  entretanto não têm demostrado uma capacidade de superar o quadro de desempenho do aluno.
Talvez  isso ocorra pelo fato de tais projetos não se preocuparem com a realidade, como por exemplo o fato de existir um número expressivo de alunos analfabetos, mas sim, utilizarem de premissas como: o aluno deve saber ler e escrever até o final do 5o ano do Ensino Fundamental – ciclo I para formular tais projetos e cursos.
Essa falta de atenção com a realidade educacional, acaba afastando muitos profissionais da educação que, perplexos de presenciar tanto descaso com a realidade e até com eles mesmos acabam deixando a rede pública para tentarem um retorno financeiro melhor nas escolas privadas.
Com isso observa-se que, mesmo com iniciativas muitas vezes tendenciosas do governo, tentando mostrar que a educação têm melhorado, ou melhor avançado, aqueles que estão na rede também possuem muitos argumentos assim como tais pesquisadores, para desmarcar tal faceta.

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